Quando Jervis Stoot deixou clara a sua intenção de construir uma casa na ilha a norte do Velha Luz, nenhum morador achou estranho. Jervis já tinha uma reputação de excentricidade quando ele começou a sua cruzada de um homem só para esculpir representações de pássaros em todas as construções na cidade. Stoot nunca fez uma escultura sem garantir que tinha permissão, mas sua incrível habilidade na talha tornou um fato que, se Stoot escolheu sua casa como o local de seu último projeto, você agarraria a oportunidade. "Ostentar um Stoot" rapidamente se tornou uma espécie de ponto de se gabar, e Jervis, eventualmente, estendeu seu presente para incluir figuras de proa do navio e carruagens. Aqueles que pediram ou tentaram pagar-lhe por sua habilidade foram repelidos - Stoot lhes dizia: "Não há nenhum pássaro naquela madeira para eu liberte", e prosseguia seu caminho, muitas vezes vagando pelas ruas por dias antes de notar um pássaro escondido em um poste de cerca, em uma verga, cume de telhado, ou batente da porta, o que ele prontamente conseguia permissão para "liberar" com seus machados de confiança e facas de esculpir.
A desculpa de Stoot por querer mudar-se para a ilha parecia bastante inocente - o lugar era um refúgio para a fauna aviária local, e sua alegação de "Quiia ficá cos passainhos" parecia fazer sentido. Tanto assim, aliás, que os carpinteiros da casa Cannith (com quem Stoot tinha mantido uma competição amigável por vários anos) se ofereceu para construir uma escada, gratuitamente, ao longo da face sul do penhasco para que Stoot pudesse ir e vir de seu novo lar com facilidade. Por 15 anos, Stoot viveu na ilha. Suas viagens para a cidade ficaram cada vez menos freqüentes, tornando-se algo de um evento quando ele escolhia uma construção para acolher um novo "Stoot".
Sandpoint não era era uma cidade sem crime, ou mesmo assassinatos. Uma ou duas vezes por ano, paixões queimado, roubos que deram errado, ciúmes que cresceu demais para suportar, ou umas bebidas demais, e que alguém poderia acabar morto. Mas quando os corpos começaram a se acumular cinco anos atrás, a cidade não tinha ideia de como reagir. O Xerife de Sandpoint na época era um homem sério chamado Casp Avertin, um oficial da guarda aposentado de Stormreach. No entanto, mesmo ele estava mal preparado para o assassino, que veio a ser conhecido como Cortador (Chopper). Ao longo de um mês longo de inverno, parecia que todos os dias ele fazia uma nova vítima. Cada um deles foi encontrado no mesmo estado terrível: corpos com cortes profundos no pescoço e tronco, mãos e pés cortados e empilhados nas proximidades, olhos e língua arrancados grosseiramente e totalmente ausentes da cena do crime.Ao longo desse mês terrível, o Cortador reivindicou 25 vítimas. Sua habilidade fantástica em escapar de armadilhas e buscas, rapidamente cansava a guarda da cidade, fazendo-se sentir especialmente no Xerife Avertin, que cada vez mais levou-o ao alcoolismo. De qualquer modo, o próprio Xerife se tornou a última vítima do Cortador, morto quando apanhou o assassino em uma estreita viela (conhecida hoje como Beco do Cortador) enquanto ele estava mutilando sua última vítima. No entanto, na batalha que se seguiu, Avertin conseguiu desferir um golpe contra o assassino. Quando o membro da guilda dos detetives, Lorekhs Meshol, um meio-orc da casa Tharashk que ajudava a guarda da cidade, encontrou os dois corpos alguns minutos mais tarde, eles foram capazes de seguir a trilha sangrenta do assassino.
A trilha que levava direto para as escadas de rocha do Stoot.
A princípio, a guarda da cidade se recusou a acreditar nas implicações, e temia que o Cortador tinha vindo reivindicar o pobre Jervis Stoot como a sua 26ª vítima. Contudo, o que os guardas encontraram na casa modesta no topo da ilha, e no enorme complexo de salas que haviam sido esculpidas na rocha abaixo dela, não deixou margem para dúvidas. Jervis Stoot e o Cortador eram a mesma pessoa, os olhos e línguas de todas as 25 vítimas foram encontradas em cima de um altar horrível a um demônio meio pássaro cujo nome ninguém ousou falar em voz alta. Stoot foi encontrado morto na base do altar, depois de ter arrancado os próprios olhos e língua em um sacrifício final. Os guardas destruíram a entrada para as câmaras, queimaram a casa de Stoot, derrubaram as escadas, e fizeram o melhor possível para esquecer. Stoot foi queimado em uma pira na praia, suas cinzas abençoadas e, em seguida, espalhadas em uma tentativa de evitar um retorno profano de seu espírito maligno.
Como o destino gosta de fazer regularmente, o povo de Sandpoint logo teria que passar por uma nova tragédia, uma que quase eclipsaria a fúria do Cortador. Um mês após o assassino ser morto, um terrível incêndio atingiu a cidade. O fogo começou na Capela de Sandpoint e se espalhou rapidamente. Conforme a cidade se reunia para salvar a igreja, o fogo se espalhou, consumindo os Estábulos Litoral Norte, a Taverna do Cervo Branco, e três casas. No final, a igreja foi queimada até o chão, deixando o amado padre da cidade Ezakien Tobyn morto.
Tudo o que resta hoje das esculturas de Stoot, uma vez tão amadas, são cicatrizes irregulares em edifícios onde os proprietários usaram machados para remover o que havia se tornado um lembrete de um lobo em seu rebanho. As casas e empreendimentos devastados pelo fogo foram reconstruídos, e a Capela de Sandpoint foi finalmente reconstruída também. Com a consagração da nova catedral, Sandpoint pode finalmente colocar os tempos sombrios dos Antigos Desprazeres no passado.
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